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Deixar o país de origem para viver em lugares distantes é um hábito antigo que começou com os colonizadores. Mas, ainda hoje, em busca de novas oportunidades muita gente decide pela mudança. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente 160 milhões de pessoas vivem longe de casa. A migração também é comum no Brasil. Apenas nos Estados Unidos vivem mais de 1,2 milhão de brasileiros. Paraguai, Espanha e Portugal são outros destinos procurados com freqüência, embora o movimento contrário também exista.

Em 2007, o Brasil registrou a chegada de 45 mil estrangeiros, o dobro verificado três anos antes. Os analistas atribuem esse crescimento à estabilidade da economia e a um controle maior na fronteira espanhola, fato que teria levado muitos latinos a alterarem a rota. Ainda assim, esse número seria bem maior se todos os que entram no país fossem registrados. A estimativa do governo brasileiro é que pelo menos 50 mil pessoas estão ilegais.

Viver de forma clandestina em um país estrangeiro não é um bom negócio. A advogada Ana Paula Dias Marques, especialista em direito internacional, compara o ilegal a um eterno fugitivo. “Ele não pode aparecer no emprego, ter um cargo melhor. Se alguém ficar de olho naquele cargo pode acabar denunciando. Ele também não pode se desentender no trânsito, discutir com um vizinho, com um namorado, porque corre o risco de ser denunciado”, exemplifica.

Muitos ilegais entram no Brasil como turistas, já que para visitar o país por um período de até três meses não há necessidade de visto. A legislação é mais rigorosa apenas com as pessoas que pretendem ficar por mais tempo e, nessas situações, o visto só é concedido se o motivo da permanência for previsto em lei, como trabalho ou estudo. Além disso, o interessado vai precisar comprovar que terá condições de se manter no país sem gerar custos adicionais para o governo, ao utilizar a rede pública de saúde, por exemplo.

O Ministério da Justiça e o Conselho Nacional de Imigração

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