As Cruzadas
Em síntese as cruzadas consistiram em diversas expedições militares organizadas por diversos reinos cristãos do Ocidente, nos séculos XI, XII e XIII, o objetivo era libertar a Terra Santa do domínio dos turcos. Elas foram organizadas assim que os turcos proibiram as peregrinações dos cristãos ao Santo Sepulcro, originando uma onda de indignação e revolta no mundo cristão.
O contexto daqueles dias era de mudanças no sistema feudal. A igreja, principal instituição da Europa ocidental, enfrentava problemas com a corrupção de muitos de seus bispos e padres, que levavam uma vida luxuosa e acabavam por abandonarem suas obrigações religiosas. Nos feudos, a população se tornava cada vez mais numerosa e não era possível produzir a quantidade suficiente de alimentos para todos.
Segundo Souza muitos feudos passaram a expulsar servos mediante a carência de recursos suficientes para alimentar uma população tão extensa. Passou a ser comum os senhores feudais deixarem suas propriedades de herança apenas ao filho mais velho, essa ação tinha como objetivo garantir os níveis de produção e evitar a fragmentação das propriedades. Com isso surge uma ampla classe de marginalizados que não se enquadravam mais nas estruturas do sistema feudal e que passaram a viver de mendicância ou da realização de assaltos e pequenos furtos, foi dentro desse contexto que a igreja encontrou as condições necessárias para a organização das cruzadas.
As Cruzadas constituíam uma mistura de guerra, peregrinação e penitência os guerreiros cruzados, conhecidos também como "peregrinos penitentes", acreditavam que seus pecados seriam perdoados caso completassem a jornada e cumprissem a missão divina de