As conquistas amorosas de Napoleão

4987 palavras 20 páginas
Os amores de Napoleão

A bela e jovem Caroline, de 16 anos, filha de madame Grégoire Colombier, logo notou que aquele soldado baixinho, magricela e de uniforme amarrotado estava caído de amores por ela. Mas, por ser tímido, envergonhado do sotaque estrangeiro e de seu mau francês, ele não tinha coragem de declarar-se abertamente. Resumia-se a acalentar em segredo uma paixão platônica, enquanto os dois colhiam cerejas no pomar da casa de campo da família dela, em Basseaux. Caroline não podia saber, mas o rapaz ousava confessar seus sentimentos apenas para o diário, que mantinha trancado em uma gaveta no quartinho que alugara em Valence, a primeira cidade para onde fora mandado a serviço do exército francês. “Sempre solitário entre os homens, volto para casa, para sonhar na solidão e entregar-me à força de minha melancolia”, escreveu ele. “Na verdade, o que faço neste mundo? Já que terei de morrer, não é mais lógico me matar?”, indagava-se, aos 17 anos, o tenente Napoleão Bonaparte.
Até então, o moço jamais experimentara o calor dos braços de uma mulher. Do primeiro flerte, ainda nos tempos de escola, não guardava boas lembranças. Os colegas de classe não lhe perdoavam as roupas desde sempre desleixadas e, muito menos, os olhares que lançava para a pequena Giacominetta, então sua companhia predileta nos intervalos do colégio. “Napoleone di mezza calceta, fa l’amore a Giacominetta” (numa livre tradução, “Napoleão de meias caídas, é amante de Giacominetta”), tripudiavam os meninos, atiçando a ira do garoto, que respondia atirando-lhes pedras e os palavrões mais cabeludos do idioma corso.
O gato de botas
Napoleão nasceu em Ajácio, na Córsega, em 1769, exatamente quando aquela ilha, situada a oeste da Itália e antes pertencente ao estado genovês, acabara de passar ao domínio francês, após malograda tentativa de independência. “Nasci quando minha pátria estava morrendo”, diria ele mais tarde. Aos 10 anos, o pai o enviou para estudar na França. Lá, teve que

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