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Cada contexto sócio-histórico fornece os conteúdos culturais que dão forma e nome aos sonhos e pesadelos humanos, criando heróis e personificando em monstros assustadores a ameaça da alteridade e da morte. O imaginário urbano no mundo globalizado é hoje povoado de figuras em que a ameaça adquire as faces características de uma épocaem que, através da informação que permeia todas as experiências da vida contemporânea, a violência se torna estranhamente familiar ao nosso cotidiano. Enquanto imagens de assaltos, assassinatos e atentados diversos nos são mostrados diariamente, somos lembrados do perigo que nos ronda. O imaginário do medo infantil então acrescenta às tradicionais representações de monstros e fantasmas cenas vindas diretamente da vida real.Entre muitos exemplos aos quais temos tido acesso, podemos citar a freqüência dos detalhes nos desenhos realizados em sessões terapêuticas com crianças, representando cenas de violência como bandidos atirando, pessoas feridas etc. Mais do que estas representações, no entanto, o que tem chamado nossa atenção na clínica infantil é a questão de um real que não chega nem a ser representado, porque se torna paralisante, calando a expressão na linguagem. Buscamos aqui delimitar alguns critérios que possam ajudar a compreender as diferenças entre os tradicionais medos da infância e essas novas formas que se apresentam . Freud (1919) constatou que a palavra “estranho” (unheimlich) nem sempre é utilizada em um único sentido definido, acabando por relacionar-se com aquilo que provoca medo em geral. Analisando o uso lingüístico desta palavra, Freud mostrou que aquilo que recebe o nome de “estranho” nada mais é do que uma categoria do assustador que remete ao familiar/conhecido. Descreve então como o que nos causa stranhamento nada mais é do que algo que habita nosso próprio interior, algo que nos é familiar e que foi deixado de lado, mas pode ser reavivado sempre que

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