Artigo

Como este assunto me veio à tona fortemente estes dias, tenho pensado muito sobre os resultados que queremos como igreja. Uma postura confortável em relação ao mundo costuma ser o suficiente para uma geração, que já tenha sido bem formada nos fundamentos do evangelho. No entanto, a longo prazo, a próxima geração e a igreja como um todo vão se esquecendo de Deus, assim como o povo de Israel no passado. O esfriamento não é imediato, e sim lento e gradual, por isso não nos assustamos com ele. Muito provavelmente nem sequer o sentimos, pois nossos corpos espirituais já estão acostumados à nossa nova temperatura. Por isso o Senhor insistia tanto com Israel em que os filhos fossem ensinados quando estivessem assentados à porta, andando pelo caminho, ao deitar e ao levantar (Deuteronômio 6:7 e 11:19). Este texto dá a entender que o ensino, e consequentemente, a vivência da Palavra deve ser algo de todos os momentos da vida do povo de Deus, e não apenas dos momentos de reunião como igreja.
Creio que a insistência de Deus com a reiteração do ensino não se reflita apenas nos filhos carnais, mas sobretudo na esfera espiritual. Como igreja, devemos nos concentrar no ensino aos mais novos em todo o tempo, em todos os assuntos, envolvendo mesmo aquela criança espiritual no reino de Deus, de forma que, como diz a música, Deus seja o universo daquela pessoa, ao ponto de que a presença do Pai esteja em cada um dos seus pensamentos, e que a sua presença e o seu poder sejam o alimento... A paixão por Cristo vem com o novo nascimento, mas, para que ela não seja efêmera, e sim duradoura, tal qual a semente que cai em boa terra, temos que cuidar desta terra, adubá-la, molhar, dar sol, tirar as ervas daninhas, as pragas... Tudo isto dá trabalho e consome tempo, mas é esta dedicação que garante nossa sobrevivência como igreja. Não igreja grupamento social; igreja corpo vivo de Cristo, que por Ele é usada e traz luz ao mundo.
Se não formos assim, que igreja seremos? A igreja morna de