Artigo Rascunho Trag Dias 1

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de Artes
Departamento de Arte Dramática

Ariel Vilhalva Alves de Medeiros

DIFERENCIAÇÃO DA RELIGIÃO E LEGISLAÇÃO A PARTIR DE ANTÍGONA E AS BACANTES
Da thémis grega à bancada evangélica brasileira

Junho de 2015
DIFERENCIAÇÃO DA RELIGIÃO E LEGISLAÇÃO A PARTIR DE ANTÍGONA E AS BACANTES

Ariel Vilhalva Alves de Medeiros

RESUMO
Há neste artigo o interesse de estabelecer paralelos entre a realidade grega retratada na obra Antígona, de Sófocles, e As Bacantes, de Eurípedes e a Frente Parlamentar Evangélica brasileira. Envolvendo conceitos como a thémis e diké, surgem os comparativos da situação democrática destes dois cenários políticos e as necessidades de uma liberdade religiosa e de crença individual envolvidas em cada um.
Palavras-Chave: Antígona; As Bacantes; Bancada Evangélica; democracia.

ABSTRACT
This article is meant to establish parallels between the Greek reality portrayed in the play Antigone by Sophocles, and The Bacchae by Euripides, and the Brazilian Evangelical Parliamentary Front. To deal with concepts such as thémis and diké brings up parities between the democratic situation of these two political scenarios, and the needs of religious freedom and individual belief involved in each context.
Key-Words: Antigone; The Bacchae; democracy.

Antígona, de Sófocles, encenada em 441 a.C., mostra a história de Antígona, que contraria a lei de Creonte, rei de Tebas, que proíbe o enterro de Polinices, morto em combate quando invadia o reino tebano, a fim de proclamar o seu direito ao trono, ocupado pelo irmão Etéocles. A personagem que origina o nome da tragédia observando que o decreto, segundo a mitologia grega, roubava uma alma do reino de Hades e com isso provocaria a ira das Erínias (fúrias vingadoras deste deus), decide o enterrar. Nesta relação, observamos que Creonte claramente representa a diké, ao passo que Antígona representa a thémis. Enquanto senhor de um reino