Artigo Delinquencia Juvenil

INTRODUÇÃO
A delinquência juvenil é uma problemática que está no centro de debates das sociedades modernas. No Brasil, houveram discussões relacionadas ao Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) sobre a mudança na maioridade penal, de 18 para 16 anos de idade. Essa discussão fez-se necessária devido ao aumento da frequência e da intensidade de transgressões comedidas pelos adolescentes e jovens. (STEINBERG, 2000). Estudos realizados por Barnow, Lucht e Freyberger (2001) indicam que 68,6% dos atos infracionais cometidos pelos adolescentes são contra o patrimônio público, 15% tráfico de drogas, 1,3% crimes contra a vida. Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público houve um aumento de 7% do número de infrações cometidas por jovens no país, eram 96 mil casos em 2011 contra 102,7 mil em 2012. (BRASIL, 2015).
A delinquência juvenil é considerada como um transtorno psicossocial, do desenvolvimento, do ponto de vista da psicologia (LARANJEIRA, 2007). Já do ponto de vista jurídico é vista como um desvio de conduta (SCHNEIDER, 1987). No entanto, deve-se considerar que a delinquência juvenil é também um problema de saúde pública, visto que, nesse setor, resulta na elevação do número de injurias sofridas pela população, na geração de invalidez ou mesmo a morte. (VIEIRA et.al, 2010).

A manifestação da violência em suas diversas formas ocasionou impacto em diferentes setores da vida. No âmbito da saúde, resultou em elevação no número de injúrias sofridas pela população, gerando invalidez ou mesmo a morte, o que a configurou como problema de Saúde Pública (Brasil, 2005). Além disso, a violência afeta de diferentes formas crianças, adolescentes, mulheres e idosos, exigindo abordagens e medidas de enfrentamento de acordo com o ciclo de vida e vulnerabilidades (Brasil, 2005). Neste estudo, os autores optaram pelo grupo de adolescentes que são vulneráveis à violência, revelando-se ora como autor, ora como vítima desse fenômeno
(Feijó e Assis, 2004).Nesse período da vida, os