artigo de generos

10540 palavras 43 páginas
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Na escola se aprende que a diferença faz a diferença In school we learn that the difference makes a difference Berenice Bento
Universidade Federal do Rio Grande do Norte RESUMO
Neste artigo, problematizo os limites das instituições sociais em lidar com os sujeitos que fogem às normas de gênero. Deter-me-ei principalmente nas respostas que a escola tem dado aos/às estudantes que apresentam performances de gênero que fogem ao considerado normal.
Palavras-chave: transexualidade; travestilidade; escola; violência; gênero.

Em 1984, uma revista exibiu a manchete: "A mulher mais bonita do Brasil é um homem". Pela primeira vez na história do país, a sociedade começou a se deparar com as confusões de gênero em escala midiática.1 Roberta Close trouxe para a cena nacional o olhar incrédulo de pessoas que a examinavam e buscavam naquele corpo exuberante sinais de masculinidade. Por muito tempo Roberta Close reivindicou sua identidade de gênero. Afirmava que era uma mulher transexual e precisava mudar seu nome e sexo nos seus documentos. Sem muita pressa, a justiça lhe respondia: "Não, você nasceu homem e nada se pode fazer contra esse destino biológico". Por muitos anos, Roberta teve que se submeter ao constrangimento de portar documentos que negavam sua existência social.
A aproximação com a transexualidade e travestilidade2 é reveladora das convenções sociais sobre a masculinidade e a feminilidade. Diariamente profissionais da saúde, juízes/as, advogados/as, professores/as, parlamentares, amigos/as e familiares são instados a se posicionar e encontrar sentidos para as demandas de pessoas que reivindicam o pertencimento ao gênero distinto daquele que lhes foi imposto.
Pessoas transexuais e travestis são expulsas de casa, não conseguem estudar, não conseguem emprego, são excluídas de todos os campos sociais, entram na justiça para solicitar a mudança do nome e do sexo; enfim, um

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