Articulação

Articulação do filme: "Comer, rezar, amar" com o texto: "A metáfora paterna como encruzilhada estrutural da subjetividade".

O filme retrata a história de uma escritora, que após passar por um processo de divórcio, resolve viajar na intenção de experienciar outras culturas em momentos específicos. Ela passa por três países com três propósitos diferentes: Itália (Comer), Índia (Rezar) e, por fim, Indonésia (Amar).
Comer, Rezar, Amar... São três pilares comuns na vida de qualquer ser humano, que se pararmos para pensar, podem ser coisas simples e cotidianas, mas que para Liz, tinha todo um significado. A personagem tinha uma vida invejável, o chamado:"Sonho de consumo" ou o "conto de fadas" que toda, ou a maioria das adolescentes, sonham viver: Carreira profissional bem sucedida, um marido "perfeito", a casa dos sonhos...
Na verdade ela estava de acordo com o modelo pré-estabelecido pela sociedade, chegar a maturidade e conseguir se realizar em todas áreas de sua vida, ser independente, ter sua identidade formada. Quem poderia imaginar que uma mulher adulta, com todas essas dádivas, ainda buscava algo que nem mesmo ela sabia o que era?
Pois é, até mesmo em uma vida vista como perfeita, podem ser reveladas lacunas que precisam ser preenchidas, o sujeito acaba se deparando com uma crise existencial, e o filme aborda essa questão de forma bem interessante, pois explana esse momento de crise, em que Liz busca um reencontro consigo mesma, e a forma como ela aprende a lidar com seus conflitos, angústias, e temores em simples momentos da vida.
Enfim, três países, três culturas, três realizações que foram experienciadas de forma mais intensa e que ao meu ver, fez com que a escritora percebesse que essa viagem que ela planejou, dividiu em etapas, nada mais era que uma viagem interna para que dentro dela mesma, pudesse enxergar novas possibilidades que lhe permitissem descobrir o mundo de uma nova forma.