ARTES

10626 palavras 43 páginas
CDD: 192

Filosofia da Natureza e Filosofia Moral em Hobbes
YARA ADARIO FRATESCHI
Departamento de Filosofia
Universidade Estadual de Campinas
CAMPINAS, SP yara@unicamp.br Resumo: O ponto de partida da filosofia moral de Hobbes é a física: a explicação do comportamento humano natural resulta da aplicação – no homem – da teoria mecânica do movimento, que é inercial e anti-teleológica. Com isso, Hobbes pode concluir que o homem tende naturalmente a persistir em movimento, isto é, a procurar os meios que lhe permitem continuar vivo. As circunstâncias em que ele se encontra conjugam-se com a sua tendência ou inclinação natural à autopreservação; daí resultam as suas paixões, enquanto reações mecânicas a tais circunstâncias. É essa concepção da natureza humana, articulada em torno de uma formulação mecanicista da tendência à autopreservação, que constitui a base da explicação hobbesiana do processo de formação das paixões, escolhas e ações humanas: é ela, enfim, que fundamenta a tese do desejo incessante de poder.
Palavras-chave: Direito natural. Direito civil. Ética. Política.

A humanidade é inclinada a um perpétuo e irrequieto desejo de poder e mais poder que cessa apenas com a morte. A afirmação de Hobbes sobre o desejo de poder não foi recebida sem indignação: tal inclinação não pode ser natural, mas própria de homens corrompidos; revela o comportamento do homem burguês; é a suma do egoísmo e do individualismo possessivo. De Bramhall a
Strauss, passando por Rousseau e Macpherson, temos a recusa de que o desejo de poder e mais poder revele uma característica natural do homem, independente de considerações morais. Hobbes, no entanto, ainda que reconheça a potencialidade belicosa dessa paixão, entende que se trata de uma tendência de todos os homens enquanto seres naturais, não estando sujeita a nenhum tipo de juízo de valor, já que o comportamento humano natural não é bom ou mau, certo ou errado, noções ausentes no domínio da natureza. Hobbes

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