arte engajada

ARTE ENGAJADA letras de músicas e protestos políticos

Diante do engajamento artístico o escritor/compositor revela sua alma. Essa alma, uma vez exposta pela mensagem (pelo teatro, literatura, artes plásticas ou pela MÚSICA), está inteiramente comprometida com o desvendamento do mundo. A ação de desvendar aspectos da vida e dos homens através da palavra faz do escritor um agente de mudança. “O escritor engajado sabe que a palavra é ação. É legítimo, pois, propor-lhe essas questões: que aspecto do mundo você quer desvendar, que mudanças quer fazer ao mundo com esse desvendamento? Ao escritor engajado não é mais possível retratar a realidade social como uma pintura imparcial; ele se entrega de forma apaixonada a uma militância sem trégua por uma melhor condição humana.
O desejo de compartilhar, de comunicar, de trocar experiências vividas ou imaginárias faz com que o escritor-militante se aplique na tarefa da escrita. A inquietação cresce e a sensação de que “algo precisa ser feito” aumenta. Quando a inquietação ganha vida na página branca é porque o escritor/compositor está em busca de uma ressonância para suas ideias. Sua linguagem torna-se, como afirma Sartre, um prolongamento de seus sentidos, que se esforça para alterar outros sentidos e vislumbrar novas realidades, posturas e decisões. Pois, como diz o pensador existencialista francês, “a função do escritor/compositor engajado é fazer com que ninguém possa ignorar o mundo e considerar-se inocente diante dele.” Há um misto de ingenuidade com messianismo na tarefa do escritor/compositor. A criação de novas possibilidades de mundo e de relacionamentos entre os homens nunca foi tarefa para sujeitos passivos diante dos costumes e da moral estabelecida. O rompimento dos acordos e das normas, como propõem os escritores/compositores engajados, é um sintoma, ema reação ao mundo que se nega a ser acolhedor.
Em Notas sobre Literatura o filósofo alemão Theodor Adorno, incrementa a polêmica discussão sobre a arte