ARTE, DESIGN E EDUCAÇÃO CONTEMPORANEA

Arte, Design e Educação Contemporânea: A Padronização do Olhar para a Estética do Capital
Com relação à filosofia é necessário que façamos algumas propedêuticas considerações: a primeira diz respeito ao entendimento que temos, ou que buscamos construir sobre a identidade e papel da filosofia; e a segunda consideração versa sobre o mirante epistemológico que nos motiva e orienta, ou seja, o materialismo histórico e dialético e suas relações diretas com a consciência filosófica.
Segundo Saviani, a filosofia, ou consciência filosófica, deve ser entendida como uma “reflexão (radical, rigorosa e de conjunto) sobre os problemas que a realidade apresenta” (2004 p: 20). A radicalidade, neste sentido, pressupõe uma reflexão que “vá até as raízes” do problema em questão, e que capture neste exercício, seus verdadeiros fundamentos. Já a análise de conjunto é o que confere à filosofia o seu caráter de provisoriedade, de busca, de proposição e de constante re-construção de si. Ao contrário da ciência, que investiga seu objeto separadamente e em suas particularidades, a filosofia, sempre busca refletir sobre o problema proposto, em seu contexto real. Por fim, o rigor da reflexão filosófica é o que exige desta, uma investigação sistemática sobre o problema, onde quer que ele se encontre, obedecendo a métodos específicos de abordagem. E é justamente neste ponto que cabe darmos continuidade à segunda consideração levantada no parágrafo anterior, a questão do método marxista.
No Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política, é possível nos aproximarmos com mais objetividade do método desenvolvido por Marx ao criticar a filosofia idealista de Hegel. Assim, destacamos aqui um dos principais fragmentos contidos neste texto, para que possamos compreender o giro epistemológico alcançado pela filosofia da práxis, pois é justamente a partir desta compreensão metodológica, que pretendemos mais adiante, tecer alguns apontamentos sobre a questão da educação estética:

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