Arte-Danto

Arthur C. Danto no livro A transfiguração do lugar comum,primeiro capitulo titulado como Obra de artes e meras coisas reais,discorre sobre uma exposição que o mesmo realizou com obras de artes de diversos gêneros,demonstrando que para se entender uma obra de arte é preciso a profunda analise da mesma,pois nem sempre o que interpretamos é o que o autor deseja nos transmitir.
Em sua exposição Danto,compara obras de autores como Kierkegaard e Giorgione,defendendo seu ponto de vista sobre as semelhanças das mesmas,considerando-as vazias.Em certa ocasião um jovem artista compara as obras expostas com suas criações,exigindo que Danto exponha também sua arte,diante dos questionamentos Danto aceita sua ideia,reforçando que para não parecer tão vazia a mesma necessita de um titulo,então o jovem artista titula sua obra como “Sem titulo”,não explicando sobre o que realmente trataria aquele quadro,diferente dos demais autores que tinham para cada obra uma narrativa,o que deixou vaga a ideia sobre ser ou não sua produção uma obra de arte, o mesmo afirmava que”seu trabalho é vazio de imagem,é menos um caso de mimese da vacuidade do que de vacuidade da mimese,e por isso, repete, é sobre nada”(A transfiguração do lugar comum,p.36),contudo Dante ao junta-lá as outras complementou sua coleção,ainda que não rompesse com “as fronteiras que as separam do mundo das simples coisas”(A transfiguração do lugar comum,p.36).
Surgindo assim as comparações entre uma “coisa” e uma obra de arte.Seguindo a teoria da ação Danto afirma que “uma obra de arte é um objeto apropriadamente chamado de expressão porque sua causa é um sentimento ou uma emoção particular de quem a realizou e que ela efetivamente expressa”(A transfiguração do lugar comum,p.40),não havendo um conceito real para definir o que é arte,podendo ser chamada de imitação.Segundo as teorias de Platão e Shakespeare”a arte é um espelho da realidade”(A transfiguração do lugar comum,p.42) a afirmação de que arte é um espelho nos