arquitextos 125

2465 palavras 10 páginas
15/09/2015

arquitextos 125.00: Brasília: utopia que Lúcio Costa inventou | vitruvius

Brasília: utopia que Lúcio Costa inventou
Anna Paula Canez e Hugo Segawa

Lúcio Costa
Foto Hugo Segawa

Qualquer arquiteto pode sonhar uma cidade. Mas quantos sonharam cidades e as viram construídas? Lúcio Costa (1902­1998) foi um daqueles poucos privilegiados que, em vida, sonhou, desenhou, construiu e viu florescer
“sua” cidade. “Sua” é um modo de dizer. Não obstante a percepção do próprio urbanista sobre o simbolismo maior e coletivo da nova capital, sua famosa frase, “Brasília, cidade que inventei”, evidencia sua pessoal ascendência sobre o sonho materializado.
O presente ensaio (1) é, antes de mais nada, o registro sucinto das manifestações de um sonhador que sonhou acordado.
É sabido como o urbanista inscreveu a proposta no concurso: entregue na última hora, com “apresentação sumária”, representação gráfica singela e a mais poética das argumentações. Poesia que não perturbou a apreciação do júri, que anotou na ata final:
“Seus elementos podem ser prontamente apreendidos: o plano é claro, direto e fundamentalmente simples – como o de Pompéia, o de Nancy, o de Londres feito por Wren e o de Paris de Louis XV” (2).
Brasil voltado para o futuro
Desculpando­se da “espontaneidade original” da sua proposição, a idéia que o urbanista oferecia, como ele próprio ressaltou, foi “intensamente pensada e resolvida”. A completude da proposta, corroborada na apreciação do júri, revela um devaneio, um projeto de desbravamento da nação, simbolizado no
“gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse”¸conforme escreveu na Memória descritiva do Plano Piloto em 1957: data:text/html;charset=utf­8,%3Cdiv%20class%3D%22meta­data%22%20style%3D%22margin%3A%200px%200px%208px%3B%20padding%3A%200p… 1/6

15/09/2015

arquitextos 125.00: Brasília: utopia que Lúcio Costa inventou | vitruvius

“Trata­se de um ato deliberado de posse, de um gesto de sentido ainda desbravador, nos moldes da

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