Arquitetura e Religião

Arquitetura e Religião No curso do homem em seu “universo” no planeta, este se depara com grandes desafios que vem a modificar radicalmente sua maneira de ser e sobreviver, diante de tamanhas transformações. Entretanto, nos momentos de necessidades contemplativas e espirituais, ele procura os locais mais elevados para se proteger, proferir sua fé e seus ritos: as montanhas, os templos, as catedrais ou as instalações que o leve mais próximo de suas deidades tais como; o sol, os heróis de carne ou míticos, criaturas da natureza e, universalmente, de um deus conceitual e/ou encarnado. E, no salto dessa história, aquela procura se converte em religião e chega aos demais, através do aceite de seus códigos e significados, incorporados, principalmente, pelos movimentos carismáticos da contemporaneidade.
As edificações religiosas acompanham trajetoriamente a abrigação dos fiéis em seus eventos, na profissão de seus dogmas e, assim, nos continentes, vão aparecendo as mais variadas formas de se edificar abrigos-místicos, acompanhando as culturas, os climas e os materiais originários de cada região - são os objetos arquitetônicos, produzidos em cada época, como “rastros” tecnológicos ou experimentais para as reuniões e energização espiritual.
A arquitetura sacra ao longo de sua história responde às exigências, aos simbolismos e ideologias expressivamente ligadas ao passado, dando lugar as propostas contemporâneas que muito das vezes se privam do valor artístico.
Na arquitetura moderna a idéia principal consiste na transferência para a transcendência religiosa, por meio dos axiomas de desvalorização do material, a negação da particularidade, da formal individualidade, do anticontextualismo, do apelo salvacionista, da intencionalidade, originalidade e da novidade que as “catedrais” de nosso tempo, tanto almejam em seus projetos edificatórios, espalhados nas grandes metrópoles do planeta, na intenção maior da procura de novos caminhos nessa trajetória construtiva de