ARQUITETURA RELIGIOSA GRECO-ROMANA – TEMPLOS

ARQUITETURA RELIGIOSA GRECO-ROMANA – TEMPLOS

Considerações gerais: Gregos e romanos eram naturalmente politeístas, calcavam suas crenças na mitologia. Enquanto na Grécia os deuses eram utilizados para entender os fenômenos da Natureza que o Homem não conseguia explicar, em Roma, os deuses eram os personagens utilizados para dar o exemplo da ordem do Estado. Há diferenças nos nomes dos deuses das duas civilizações, ex.: o deus de todos os deuses chama-se Zeus na mitologia grega e Júpiter na romana. Além disso, apresentavam diferenças em relação à função dos templos: enquanto na Grécia os templos eram edificações construídas especificamente para os deuses, em Roma elas deixam de apresentar apenas caráter espiritual para se tornarem elementos mais materiais, de uso do povo.

Grécia Oriundos do megaron micênico, os templos gregos eram construídos com linhas retas, possuíam forma retangular, sem arcos nem abóbodas. Tratava-se de um projeto simples: forma padronizada retangular sobre uma base ou embasamento de geralmente 3 degraus, com colunas no pórtico, na extremidade oposta ou em todos os seus lados e o entablamento de remate. O núcleo do templo era uma zona fechada que continha a estátua do deus. Este espaço era envolvido por pórticos com colunas que suportavam a cobertura de duas águas, construída normalmente em madeira e rematada por dois frontões triangulares. Como as cerimônias eram realizadas ao ar livre, os arquitetos gregos preocuparam-se mais com o exterior do que com o interior, reservado aos sacerdotes.

O templo grego era divido em 4 espaços distintos: - Pronaos: antecâmara das naos; - Naos ou Cella: neste espaço, é colocada a estátua da divindade e pode ser, por vezes, organizado em 3 alas divididas por colunas; - Aditon ou Abaton: espaço só acessível a sacerdotes para o culto ou colocação de oferendas; - Opistódomo: Câmara oposta ao pronaos onde se encontra o tesouro e que também pode funcionar, por vezes, como aditon.

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