Arquitetura do Ferro

UNISUL – UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

ARQUITETURA DO FERRO
HISTÓRIA, TEORIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E URBANISMO NO MODERNISMO

JULIANA GOULART RIBEIRO
Tubarão, 12 de maio de 2015.
A Arquitetura do Ferro

Entre o final do século XIX e o início do século XX, a América Latina, Caribe e Antilhas importavam edifícios pré-fabricados em ferro da Europa. Muitos desses edifícios foram preservados, embora com outras finalidades. A arquitetura do ferro, em seu início, mostrava uma nova relação entre as colônias na América Latina e a Europa. Tal arquitetura representava conceitos racionalistas em meados do século XIX. Na construção civil, o ferro era um dos materiais mais requisitados, o que provocaria uma revolução na história da arquitetura. Construtores e arquitetos perceberam que, com a possibilidade da fabricação de peças pré-moldadas em ferro era possível “encomendar” edifícios inteiros vindos do outro lado do oceano, de forma que chegassem aos portos de seus destinos desmontados e, sobretudo, com a vantagem de poderem ser desmontados e deslocados para outra região.

Casa Eiffel - Iquitos – 1890

Os negócios de importação e exportação fizeram com que as cidades portuárias crescessem rapidamente, assim como o desenvolvimento da arquitetura local, surgindo novos edifícios e novos matérias de construção, como o ferro. Na arquitetura do ferro, além da estética, se contemplava também a técnica de construção. A desvinculação do edifício com o terreno, veio à época de forma tão revolucionária que na Europa, os edifícios construídos com essa técnica, não foram considerados como exemplares da arquitetura. Porém, na América Latina, tais edifícios eram assimilados com progresso e modernização. Como a importação desses edifícios eram concentrados em países com clima tropical, os produtores desenvolveram técnicas e sistemas construtivos que melhoravam o isolamento térmico. Uma das técnicas mais utilizadas era a execução de paredes duplas com