Arquitetura de interiores

ARQUITETURA DE INTERIORES

Gabriela Peixoto
Wagner Farias

O espaço é reflexo dos seus ocupantes. Estilo de vida, experiências, perspectivas, emoções, atitudes, tudo isso deve estar presente, semanticamente, no ambiente. A arquitetura projeta, a decoração personifica.
A inspiração do espaço está no próprio cliente, cuja alma (ou energia) se apresenta no ambiente através das texturas, linhas, formas, cores, volumes, padronagens e da luz, está última responsável pelos 85% de percepção retida por nós através dos olhos.
Stimmung é isso: a alma, a atmosfera que aplicamos ao espaço através da racionalização, em projeto, das possibilidades de combinações. Uma sintonia fina, um “feeling” aprimorado normalmente resulta em bons trabalhos, engajados aos anseios e necessidades prospectados através das entrevistas e análises com o cliente.
Temos a capacidade de alterar essa atmosfera. Com isso, somos capazes de fazermos os clientes felizes, galgando o processo de transformar a casa em um lar.
Identificar os arquétipos (visionário, artesão, idealista ou aventureiro)dentro da personalidade do cliente de traduzi-la no espaço. Definir qual, ou quais, estilos mais adequados a ele, e a consequente concepção do espaço, onde padronagens estabelecem a primeira relação visual, potencializando pontos focais (mastiges), concretizados através das texturas (sensações táteis) frias, quentes, rugosas ou lisas que criam uma relação física com o ambiente.
“A cor dá volume, altera a forma, reduz o confronto entre a parte interna e externa.”, Mirian Gurgel.
Sensações e sentimentos são potencializados e reprimidos com o uso das cores. Amplitude e reclusão, alegria e sobriedade, descontração e frieza. Variações de um mesmo tema sem sair do tom.
Cada estilo tem suas linhas e suas formas peculiares. O projeto pode adquirir um caráter mais masculino (com linhas retas e definidas), feminino (com linhas sinuosas). Ter um ambiente mais suave ou enfático depende do uso do recurso da disposição