Arquitetura da França

O mais “Barroco” dos monumentos parisienses é a construção mais “Barroca” em Paris, a mais parecida com uma Igreja romana do Alto Barroco. O complexo de edifícios da qual ela é parte também é importante porque teve menos alterações do que outros conjuntos de edifícios parisienses do século 17. O voto da Rainha Anne de construir a igreja e abadia Anne da Áustria, rainha da França, prometeu construir uma magnífica igreja caso ele desse à luz a um filho. Ela e o Rei Louis XIII tiveram um casamento de 3 anos sem filhos e eram distantes, então foi considerado algo milagroso quando ela engravidou do filho que se tornaria Louis XIV. Ele nasceu em 1638. Em 1643, Anne pediu a François Mansart que projetasse a igreja, o monastério e os quartos de vivência numa propriedade que ela comprou e doou a ordem Beneditina. Anne deu permissão a uma de suas amigas da juventude, Marguerite d’Arbouze, para mudar sua abadia para o novo local. Marguerite formalmente se tornou Abadessa de Val-de-Grâce-de-Notre-Dame-de-la-Creche ao sul de Paris, assim como o nome da nova Igreja e do convento (pode ser também: é daí o nome da igreja e do convento). A rainha colocou a pedra fundamental em 1624, e frequentemente ia a nova construção para rezar e tramar contra o conselheiro do rei, Cardeal Richelieu (dos Três Mosqueteiros). Ao descobrir isso, Louis ordenou que a abadia fosse revistada em 1637.
François Mansart e seus sucessores François Mansart, arquiteto de Casas (Maisons), um braço do castelo de Bois e um esquema para reconstrução do Palácio Real do Louvre, era considerado o mais talentoso arquiteto da época. O trabalho na Igreja, cuja pedra fundamental foi colocada em 1645 pelo jovem Louis, procedeu mais lentamente do que a rainha previu. Mansart, tipicamente a sua prática, mudava e expandia o escopo dos seus projetos. Impaciente para ver o trabalho concluído - ela desejava se retirar ao convento- a rainha substituiu Mansart no ano seguinte por Jaques Le Mercier, o Primeiro Arquiteto do rei.