Arqueologia

CAP 3
O arqueólogo trabalha diretamente com a cultura material. Essa diferença essencial da arqueologia em relação a outras ciências humanas, que possuem uma prática de ação sobre a esfera ideológica, acarreta uma postura diversa no arqueólogo perante seu próprio objeto de estudo. O esforço de pesquisa reintegra o arqueólogo no mundo material, aproxima-o da natureza da vida de trabalho das pessoas que habitaram aquele local e se reflete na formação do registro arqueológico. O esforço do arqueólogo traz consigo, além do suor, a possibilidade de apoderar-se da história real “indo em busca do cansaço e da exploração “. Pode-se dividir em quatro fases o trabalho do arqueólogo: Etapa do campo, processamento em laboratório, estudo e publicação. Na verdade, antes de ir ao campo para a realização da prospecção inicial, o arqueólogo já tem em mente certos objetivos. A arqueologia utiliza a classificação dos artefatos por meio de tipologias. A tipologia pode, por exemplo, fundamentar-se em critérios funcionais, ou em critérios morfológicos ou ainda na composição material. A tipologia em arqueologia é essencial para verificar constâncias ou recorrências não casuais que permitem ao arqueólogo reconstruir a mudança dos artefatos com o decorrer do tempo, as transformações nos padrões de consumo, as diferentes ocupações do espaço e etc. Assim, a mesma , como ficou claro, não é um fim em si mesmo, mas um meio para compreender a sociedade de suas transformações.
Cap 5 A arqueologia é uma disciplina que não pode ser desvencilhada de muitas outras como as quais está relacionada. A sua relação com a história é particularmente importante, quando mais não fosse porque, para alguns arqueólogos, a sua disciplina nada mais seria do que uma complementação da história, como já vimos. Um exemplo poderá deixar mais clara a importância da relação da arqueologia com a historia: o estudo do Quilombo dos Palmares. O Brasil, colonizado pelos portugueses, contava, no inicio do século VXII, com