Aristóteles

2723 palavras 11 páginas
A visão política de Aristóteles

Sabemos que a maioria dos pensadores, entre os que figuram como expoentes do conhecimento na antiguidade, sem dúvida, formulou uma filosofia política, cada um à sua maneira, evidentemente. E quando falamos de Aristóteles, como não poderia deixar de ser, a coisa não foi diferente. Aristóteles, a rigor, foi o primeiro filósofo que pensou a política como uma ciência, ou seja, ele elaborou seu pensamento sob um ponto de vista profundamente científico. Nesse quesito, inclusive, é bom salientar que ele também agiu assim em relação a todos os temas que abordou em seus estudos. Aliás, entre as ciências alvos da preocupação do fundador do Liceu, duas, pelo menos, ele chamou de “práticas”. Nesse campo ele definiu justamente a ética e a política como as mais importantes disciplinas da própria filosofia, pois eram as ciências das coisas humanas. E não é por outra coisa que, encontramos as respostas de Aristóteles aos problemas sociais da humanidade, em Política, seu tratado sobre o tema que, surpreendentemente, ainda hoje se constitui num clássico da filosofia política. Para muitos estudiosos da obra aristotélica, os oitos livros em que se compõe o tratado, tanto nos textos considerados “realistas” como “idealistas”, e ainda as preciosas informações históricas e as análises sociológicas, se constituem também – e principalmente – numa verdadeira e impressionante “antropologia filosófica”. Se, na visão platônica, o conhecimento era um corpo indivisível, cabal e único, além de posse exclusiva do filósofo, dando apenas a este a capacidade de governar a cidade, para Aristóteles a coisa era bem diferente. Por diferenciar as ciências em teóricas e práticas, Aristóteles também fazia alusão ao homem sábio e ao homem prudente, dando a cada um deles, funções mais apropriadas, ou seja, o sábio cuidaria mais dos problemas teóricos, enquanto que o prudente atuaria com mais desenvoltura no domínio da ação. Assim, estabelecendo um confronto direto com seu

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