Aretés e nobrezxa

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A concepção grega de excelência e virtude inatas que expressa aquilo que o homem pode ter de mais realizador e nobre, fornece evidências sobre a maneira daquele povo demonstrar suas expectativas em relação aos seus concidadãos, visando aprimorarem-se como povo e cultura no mais alto grau de sofisticação e liberdade, apenas atingido por mérito de uma obstinação intrinsecamente vinculada aos valores emanados de uma espécie de destino, o qual legislaria sobre as aspirações dos gregos livres e nobres e os fazia perceber-se mesmo predestinados a glória da perfeição humana. A Areté, diante disso, expõe no gênio grego um forte traço de distinção e independência das coisas menores e o transporta para uma dimensão ainda inatingida no caso dos outros povos, uma vez que o afasta da idéia de nobreza relativa e terrena perseguida por estes, coisa que já não mais tinha espaço na escala dos valores gregos. Isso só pode ser possível por causa da ruptura que vinha sendo construída por estes, frente às escolhas por coisas menos valorosas que concorrem para a infelicidade. Dessa forma a Arete era a força motriz para se enfrentar as adversidades, o que somente os nobres desempenhavam com a devoção inata que a bravura e o desprendimento conferiam.
O termo “artistocrata”, tem em sua raiz a Areté, assim a idéia de superioridade e de extrema capacidade passou a coincidir com os elementos daquela dimensão social. Além disso, seu significado toma corpo e se desdobra denotando justiça, autocontrole e moderação, por extensão, algo de superioridade, em detrimento da paixão exacerbada e fugaz dos comuns.
No campo da educação, a Arete foi levada ao grau de se extrair do jovem nobre o melhor do seu espírito, coisa que proporcionava a garantia de manutenção dos seus afins frente aos ímpetos desconexos das sucessivas disputas pelo poder. É um fator político determinante, portanto.
Diante disso, como podemos determinar com garantias que tal características não foram, antes de simplesmente

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