Apêndice

APÊNDICE
A Autonomia como finalidade da educação: Implicações da Teoria de Piaget.

Piaget em “O julgamento Moral da Criança”, publicado em 1932 discute sobre a importância da moralidade autônoma, ou seja, do desenvolvimento de nossas reflexões morais. E dentro disso, a diferença entre autonomia (independência moral) e heteronomia (moral construída através dos outros).
Piaget em suas pesquisas, perguntava as crianças de 6 a 14 anos se era pior dizer uma mentira a um adulto ou a outra criança. As crianças afirmaram q era pior dizer a verdade a um adulto que já possui certo “sexto sentido” que nos permite discernir uma possível mentira.
O texto é dividido em três partes:
1ª Autonomia Moral – A questão discutida aqui é o fato de que nós adultos pais e/ou educadores estimulamos a heteronomia natural da criança, quando usamos recompensas e castigos por uma mentira dita, ou uma verdade contada. Contudo, para Piaget, o desenvolvimento dos bons costumes, dos valores morais, é devidamente construído quando ocorre um diálogo entre adulto e criança onde o adulto deixa a criança com uma decisão em suas mãos. (Ex: “Você pode ficar aqui sem nos aborrecer, ou então ir para seu quarto e fazer barulho”).
2ª Autonomia Intelectual – Nessa segunda parte, temos a questão da formação do ponto de vista de uma criança e os questionamentos feitos por ela. Um exemplo simples disso é: quando uma criança diz que “2+2=5” deve-se questioná-la como ela conseguiu chegar ao resultado 5, e não dizer a ela que o resultado correto é 4. Isso faz com que a criança pense que o único modo correto de pensar e realizar exercícios como este, é o modo do professor e/ou adulto. A escola deve propor atividades desafiadoras que provoquem descoberta e construção do conhecimento.
3ª Autonomia como Finalidade da Educação – Por fim, propõem-se uma educação que procure desenvolver a autonomia moral e intelectual de seus alunos. Piaget e seus seguidores mostram a importância de que as crianças ajam