Aproveitamento de Resíduos

1. Introdução

A preocupação da população com o aquecimento global e com problemas ambientais tem aumentado muito nos últimos anos. Este fato é resultante da conscientização das pessoas e das indústrias sobre os danos causados ao meio ambiente, e sobre o aumento da geração de resíduos líquidos, gasosos e sólidos (TAVARES & BENDASSOLI, 2005). O resíduo sólido apresenta problemas ambientais mais evidentes quando comparado aos resíduos líquido e gasoso. O resíduo sólido possui grau de dispersão muito menor que os demais resíduos, e outra característica importante é a grande parcela desse resíduo encontrada nas residências dos centros urbanos, o que aumenta a contribuição da sociedade para minimizar seus efeitos negativos sobre o ambiente (DEMAJOROVIC, 1995). A geração de resíduos não é exclusividade das indústrias de produção, as atividades agroindustriais, hospitalares, de transportes, serviços de saúde, comerciais, domiciliares, e florestais também produzem grandes volumes de resíduos sólidos (COMPERJ, 2013). A reciclagem é uma alternativa importante para a minimização da geração de resíduos. Esta prática importante vem se consolidando como uma ferramenta fundamental para a sustentabilidade, atenuando o impacto ambiental e também reduzindo os custos (ÂNGULO, et al., 2013). Outro processo extremamente favorável às causas ambientais é o reaproveitamento dos resíduos. Esta atividade minimiza a exploração dos recursos naturais, fornece um destino adequado aos resíduos, gera novos trabalhos, evita a proliferação de doenças. O reaproveitamento difere da reciclagem, pois no reaproveitamento busca-se transformar o resíduo em algo novo. E na reciclagem, o resíduo é transformado no mesmo produto original (SEBRAE, 2012). Muitos destes resíduos sólidos apresentam alto potencial para o reaproveitamento energético. Podem gerar energia térmica, elétrica ou ambas (co-geração), através de sua combustão direta ou incineração, através de um processo de gaseificação e na