Aprendizado e memória

Aprendizado e memória
Um estudo feito pelos cientistas Brian Gonsalves e Ken Paller, da Northwestern University, mostrou que falsas memórias são registradas quando visualizamos algo mentalmente.
Em um teste de memória realizado com doze pessoas, no qual cinqüenta palavras foram mostradas em uma tela de computador, onde metade delas era seguida por uma imagem que correspondesse a palavra, e outra metade era seguida por um retângulo vazio, foi verificado que os voluntários disseram terem visto as respectivas imagens na tela de um terço das palavras apresentadas sem imagem correspondente. É claro que os voluntários não sabiam que participavam de um teste de memória. Apenas foram instruídos a visualizar mentalmente todas as palavras, sem fazer qualquer distinção.
Um fato curioso é que a visualização atua usando os mesmos recursos da visão “vinda de fora”. O córtex visual é ativado tanto para imagens reais quanto para as “imaginadas”. Por isso, coisas que visualizamos mentalmente podem ser guardadas em nossa memória como um registro de um evento real. Um exemplo disso seria ensaiarmos, em nossa imaginação, a maneira de darmos uma notícia triste, e de tanto imaginar, acreditarmos que realmente fizemos o pretendido.
Apesar da memória não ser feita apenas de imagens, e de ser possível que não nos lembremos de tudo o que visualizamos, a visualização mental é uma boa maneira de ensaiar nossa memória. Pois a nossa memória trabalha por associação, ou seja, ela vai juntando e comparando lembranças distribuídas. É muito mais fácil nos lembrarmos de coisas que visualizamos mentalmente, porque assim, temos a palavra associada à imagem. Atuando juntas, a palavra e a imagem formam um forte registro.
O recurso da visualização mental como uma maneira de fortalecer a memória é mais uma das grandes conseqüências que as descobertas da Neurociência trazem à vida das pessoas. Uma evidência de que conhecer a fisiologia do corpo nos possibilita para o aperfeiçoamento das faculdades