Apostila manejo de fauna
ZOOLÓGICO POMERODE
MANEJO DE FAUNA SILVESTRE E EXÓTICA
EM CATIVEIRO
POMERODE
AGOSTO 2005 1. CONCEPÇÃO SOBRE OS ANIMAIS AO LONGO DO TEMPO.
Acredita-se que a atenção filosófica tenha se voltado para os animais ainda no século VI na Grécia antiga. Pitágoras acreditava que pessoas e animais tivessem almas do mesmo tipo e se opunha ao sacrifício animal e preconizava uma dieta vegetariana, porque defendiam a idéia da reencarnação, isto é, acreditava que a alma ou o espírito era capaz de renascer eternamente após a morte em diferentes corpos, incluindo a possibilidade de virem em corpos de animais. A crise na relação animal / homem teve início efetivamente quando Aristóteles afirmou que as plantas foram criadas porque eram necessárias para os animais e estes porque o ser humano necessitava deles. Aristóteles acreditava também que, se apenas os homens são seres racionais, então isso é o que nos distingue dos animais. Essa argumentação baseava-se na idéia de que, assim como é natural para a alma domesticar o corpo, é natural para o homem domesticar os animais, e os domesticados terão uma natureza melhor. A Igreja cristã, no entanto, explorou a visão de Aristóteles, negando a razão aos animais e deixando-os fora da sua comunidade moral. Com o cristianismo as atitudes generalizadas de domínio e maus tratos com os animais encontram respaldo na crença bíblica de que Deus outorgou ao homem o domínio sobre todas as criaturas viventes. Uma outra corrente do pensamento católico medieval, conhecida como "franciscana", devido ao exemplo de São Francisco de Assis, era bem mais favorável aos animais. Mas, a Igreja não via a crueldade para com o animal como algo repreensível se houvesse um nobre propósito. O sofrimento dos animais durante os procedimentos experimentais não eram portanto, vistos como