Apostila de psicologia

15118 palavras 61 páginas
PSICOSE - AS ESTRUTURAS CLÍNICAS: NEUROSE E PSICOSE
No texto “Neurose e Psicose” (1923-1925), Freud aponta uma diferença básica entre neurose e psicose: “a neurose é o resultado de um conflito entre o ego e o id, ao passo que a psicose é o desfecho análogo de um distúrbio semelhante nas relações entre o ego e o mundo externo”. (Freud, 1923/1925)

Ao longo do texto, o autor afirma que a neurose se caracteriza por uma recusa do ego em aceitar a poderosa pulsão do id, recusando a posição de mediador da satisfação pulsional. Ele opera a serviço do superego e da realidade (princípios morais), a partir do mecanismo do recalcamento.

O material “recalcado” insiste em se fazer conhecido, logo, ele escolhe vias substitutas. O sintoma aparece, então, como sendo uma representação substitutiva. Tudo isso promove o quadro da neurose.

Na psicose, existe um conflito entre o ego e o mundo externo. O sujeito cria uma nova realidade e certamente essa nova realidade é construída de acordo com os impulsos desejosos do id.

Freud menciona que a origem da neurose e da psicose é a frustração. A condição posterior à frustração é que vai determinar a estrutura.

“O efeito patogênico depende do ego, numa tensão conflitual desse tipo, permanecer fiel à sua dependência do mundo externo e tentar silenciar o id, ou se ele se deixar derrotar pelo id e, portanto, ser arrancado da realidade.”

“Na neurose, um fragmento da realidade é evitado por uma espécie de fuga, ao passo que na psicose ele é remodelado... a neurose não repudia a realidade, apenas a ignora: a psicose a repudia e tenta substituí-la”. (Freud, 1924)

Para Freud, o ponto central de sua observação é que em ambas as estruturas o mais importante não é a questão relativa à perda da realidade, mas sim os substitutos encontrados. Na neurose, o substituto encontrado ocorre via mundo da fantasia; já na psicose, os substitutos são delírio e alucinação.

Na psicose, o primeiro tempo é decisivo, ou seja, a perda da

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