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Logo no início do texto o autor deixa claro que a festa é o momento de sair da rotina e esquecer-se da vida cotidiana, pois o trabalho desgasta o indivíduo. No Brasil, a rotina é vista como o trabalho ou tudo aquilo que está ligado a castigos e obrigações, já o extraordinário é o fora do comum. A festa e a rotina são modos em que a sociedade pode se exprimir. O carnaval tem agido como um remédio de esquecimento, fazendo que no momento da festa todas as pressões do cotidiano venham ser esquecidas. Da Matta deixa muito claro em boa parte dos seus argumentos e questionamentos soltos em meio ao capitulo, um questionamento: 'Que dilema é esse, entre nós mesmo e entre esses dois Brasis?
Enraizada na tradicionalidade o Brasileiro descrito pelo autor é essa ideia de altos e baixos - claro e escuro - dia e noite, mostrando que nós temos essa mania de não saber sermos nós mesmo a todo o momento, esperando assim, uma data, um momento, no caso Um Carnaval para vestir uma mascara, uma causa e sair as ruas para gritar por um EU que é impessoal e sem opinião próprio o ano inteiro. Para Da Matta a ideia de residência é um fato totalizante, onde na casa há tranquilidade, calma e harmonia. Na rua há luta, batalha e perigo, mas que no carnaval isso não importa, pois é na rua que fantasiados criamos um misto de amor, energia e sensação de um momento extraordinário. E é ai que mais uma vez o povo brasileiro se trai e se torna contraditório até mesmo na sua liberdade e volta-se a questionar que no trabalho há concorrência, reclamação, chefe e batente.
E tudo isso se correlaciona, pois fazem parte da vida e da formação daquele individuo.
Pois na rua se vê o povo, na casa o amigo e no trabalho o colega, mas que no carnaval tudo é permitido, esquecido e perdoado, o que se prevalece é o amor e felicidade do momento e isso é cultuado de forma sagrada e única, fazendo que a sensação de liberdade criada pelo carnaval seja fundamental em uma sociedade cuja rotina é dominada pelas