Anóxia perinatal
Simone Barbosa do Nascimentoa, Aline de Siqueira Alvesb, Ana Paula D. da Silvac, Fabrício Anjos de Andraded, Michaelis C. Ayres Souzae, Daniel F. N. Castañedaf, Ricardo Queiroz Gurgelg a Bolsista FAP/SE-Medicina/UFS, b.Bolsista PIBIC/CNPq-Medicina/UFS, c Medicina-UFS, d Medicina-UFS, e Mestranda-NPGME/UFS, fDIE/UFS , gOrientador- DME/UFS
Resumo
Foi realizada busca prospectiva de informações a respeito de todos os nascimentos ocorridos em Aracaju, no período de ago/03 a jul/04, para que se pudesse conhecer a prevalência de anóxia perinatal. A coleta de dados foi baseada em questionário estruturado contendo variáveis relativas ao recém-nascido, à mãe, à gestação e ao parto.Ocorreram no período 20179 nascimentos sendo a prevalência de anóxia igual a 2,14%. Observou-se uma maior freqüência de anóxia entre crianças do sexo masculino, com baixo peso ao nascer, pequenas para a idade gestacional e pré-termos. Houve também correlação com fatores maternos e obstétricos. Palavras-chaves: Anóxia perinatal; Epidemiologia; Fatores de Risco.
1. Introdução A anóxia caracteriza uma situação de diminuição ou insuficiência de oxigenação no sangue que então não consegue suprir corretamente as exigências metabólicas. Os termos hipóxia e asfixia também podem ser usados para caracterizar a mesma situação. A anóxia perinatal, especificamente, corresponde a uma má oxigenação dos órgãos vitais do feto durante o parto. A hora do parto é um momento crítico para o feto. Na vida intra-uterina os pulmões fetais não são funcionantes e por isso estão preenchidos por líquido e a circulação sanguínea para este órgão é pobre. No momento do nascimento, transição da vida intrauterina para o ambiente extra-uterino, o recémnascido (RN) deve conseguir inflar seus pulmões e reorganizar, imediatamente, sua circulação sanguínea. O insucesso em qualquer um destes eventos