análise

1405890-223520Análise SemióticaAndré Silva
Do Filme: “Shutter Island” O filme trata-se de um suspanse psicológico ambientado na década de 50, o detalhe importante é que no auge da paranóia na opinião pública norte–americana sobre a Guerra Fria e o anti-comunismo, contexto que potencializa ainda mais a vertigem paranóica do filme, com toda a iconografia e simbologia do género, neblina, o fumo dos cigarros, as chuvas e tempestades, os vidros e espelhos, etc.
Ao longo do filme, a mente de Teddy vai sendo bombardeada por drogas psicotrópicas, assim como a instituição está sendo bombardeada pela força da tempestade, a mente de Teddy é fortemente atacada, o suficiente para que as suas defesas mentais sejam danificadas.
Os psiquiatras do manicómio procuram racionalizar a crescente paranóia de Teddy (“tudo o que estás a fazer é considerado parte da loucura, os teus medos são chamados de paranóia, o teu instinto de sobrevivência é encarado como mecanismo de defesa...”).

Ainda na primeira cena do filme, quando somos apresentados ao protagonista Teddy Daniels, percebemos um elemento de estranhamento positivo que fará com que fiquemos comparando os exercícios primorosos de estilo contidos neste filme aos estratagemas suspensivos e referenciais: ao sair da cabine sanitária em que vomitava, o personagem vê seu parceiro profissional Chuck Aule por detrás de uma grade. No plano seguinte, percebemos que o personagem atravessou a grade para conversar com seu interlocutor, mas fica a impressão proposital de “falsa impressão” que nos acompanhará pelo resto do filme. Há um diálogo sobre a forma como a esposa do protagonista morreu e logo em seguida, o protagonista percebe que deixou cair seu maço de cigarros, ao que seu companheiro prontamente lhe oferece algo para fumar. Em menos de 5 minutos de projecção, inúmeros signos incriminadores e importantíssimos são despejados através do roteiro, que inicialmente atribui as denúncias policiais a fim de que