Análise d' "A ética protestante e o espírito do Capitalismo - Max Weber"

926 palavras 4 páginas
ANÁLISE DA OBRA “A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO” DE MAX WEBER

Max Weber é um dos maiores adeptos da teoria sociológica da ação, na qual procura-se compreender as relações humanas a partir da ação individual e como a ação de cada um constitui a sociedade. Para Weber, portanto, o coletivo é o que resulta das ações sociais individuais. Por esse motivo, muitos dizem que Weber é o “avesso” de Marx, mas ele mesmo refuta tal idéia e apenas afirma não concordar com a visão economicista marxista, na qual os indivíduos são apenas “marionetes” manipuladas pelo sistema capitalista, como se a conduta de cada um não influísse no todo coletivo. Weber enxerga a ação social como dotada de sentido e portanto, possui um resultado prático. Além de sua teoria da ação, Weber é contrário aos positivistas que procuravam uma causa única para os fenômenos e desenvolvimentos sociais e aos historicistas que queriam algo regular. O objetivo de Weber não era encontrar uma causa única e sim afirmar que há diversas causas e dispõe de um aparato metodológico para se aproximar da realidade, o que ele pretendia era criar técnicas de observação e não análise de dados. Analisa a ação social como uma forma de cada indivíduo se conduzir no mundo, o chamado ethos. Trata-se da conduta humana e no caso dessa obra ele analisará o capitalismo como “cultura”, como conduta humana econômica característica do moderno capitalismo ocidental e essa conduta econômica, para Weber, possui grande influência do Protestantismo, sendo este pregador de ações que possuem um caráter prático na vida humana capitalista. Com isso, Weber não quer afirmar que o capitalismo advém da religião protestante, quer estudar a influência desta em outras esferas da vida, como a econômica. Para explicar essa influência religiosa na vida prática capitalista, Weber vai construindo ao longo de sua argumentação o conceito de espírito do capitalismo. O autor quer entender de onde vem a “cultura” de trabalho árduo,

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