Análise Semiótica do Curta “The Little Matchgirl”

Análise Semiótica do Curta “The Little Matchgirl” – versão adaptada pela Disney do conto de Hans Christian Andersen

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo analisar o curta “The Little Matchgirl”, adaptação de 2006 do conto de mesmo nome, de autoria de Hans Christian Andersen. Será analisado, pela teoria semiótica de Greimas, o nível discursivo da animação.
O objetivo da análise é entender e explicitar quais ferramentas do nível discursivo são usadas para demonstrar as oposições de base Vida x Morte e Realidade x Imaginação.

1 THE LITTLE MATCHGIRL – SINOPSE

O conto original nos mostra a história de uma menina vendendo fósforos na noite de ano novo. Ela perdeu a avó antes dos eventos do conto, e foi morar com o pai abusivo, que é quem a força a vender os fósforos nas ruas. Certo dia, a menina não consegue vender nenhum fósforo e, com medo de retornar para casa de mãos vazias, se vê sem opção e fica na rua. Sem agasalhos ou cobertor, ela usa os fósforos para tentar se aquecer, e através do calor da chama, imagina uma situação aconchegante, como um forno aceso – onde ela pode aquecer os pés – uma mesa cheia de comida – para matar a fome – e o abraço e aconchego da casa da avó, com uma árvore de Natal gigante. No final, ela não sobrevive a noite.
A adaptação toma poucas liberdades quanto ao texto original, mudando a localização – a história original se passa na Holanda, terra natal de Hans Christian Andersen – para a Rússia; não apresentando nem o falecimento da avó, nem o pai abusivo; e removendo os diálogos.

2 ANÁLISE SEMIÓTICA

2.1Tematização

O curta nos introduz a uma cidade (figura 1), provavelmente Moscou, como se pode perceber pela neve na véspera de ano novo, e a arquitetura tradicional. De imediato percebemos as cores em que é representada: um grande gradiente de cinza, que carece variedade tanto na paleta quanto na saturação.
Como se pode notar, no horizonte torna-se difícil definir o que é residência e o que é céu