Análise Política de V de Vingança

V de Vingança é uma obra em que um revolucionário mascarado começa uma revolução contra o governo britânico. Na época (em um futuro distópico) o Reino Unido vive uma ditadura depois da guerra. O personagem principal, V, usa uma máscara do Guy Fawkes, que foi um fanático religioso que tentou explodir o parlamento britânico.
Em dado momento do filme, o personagem V (Hugo Weaving) mata diversas pessoas para poder fazer um pronunciamento na televisão, o que segundo Locke seria agir no estado de guerra para atingir a liberdade. Pois para Locke o indivíduo deve fazer o possível para atingir a liberdade quando no estado de guerra e tentar ao máximo evitar entrar no estado de guerra, no caso do filme os indivíduos estão em uma sociedade civil com um governo que não segue as leis da razão e é corrupto, o que justificaria o estado de guerra contra esse governo. Para Locke o estado de natureza é um estado em que os indivíduos agem de acordo com a razão, mas sendo constante a possibilidade de entrar no estado de guerra com os outros indivíduos, eles procuram construir uma sociedade civil. Para Locke o estado de natureza é diferente do estado de guerra, ao contrário da visão Hobbesiana em que os dois estados não a mesma coisa. Para Locke a função do Estado é garantir a liberdade dos cidadãos.
V utiliza da força para conseguir propagar a sua verdade e convencer as pessoas do seu ponto de vista, fazendo com que todos se unam contra o governo tirano, segundo Locke não existe lei se não existe liberdade, e qualquer governo seria tirano caso não garantisse as liberdades. O governo do filme tolhe as liberdades dos indivíduos em nome da paz, o que seria correto segundo a perspectiva do Hobbes, que apoia um governo absolutista para garantir a paz entre os indivíduos. No filme o V mata diversas pessoas para conseguir se infiltrar na televisão para dar uma mensagem para as pessoas, essa mensagem clama para que as pessoas ajam de maneira racional contra a opressão.
É curioso analisar