Análise polisensorial cidade de deus

1163 palavras 5 páginas
'Cidade de Deus', trama do livro de Paulo Lins, inspirado na tese de doutorado de Alba Zaluar: “A máquina e a revolta”, em 2004 fora palco cinematográfico de Fernando Meirelles, na produção do filme; tão reconhecido internacionalmente.
Estilisticamente, “Cidade de Deus” já começa com cenas de impacto. O público acompanha, rapidamente, toda a trajetória de uma galinha que escapa da fatídica morte, estrutura que ganha ritmo por meio de cortes rápidos e do uso da câmera na mão. A seqüência seguinte funciona como um ponto de partida para toda a história: através de um giro da câmera para um lado e outro feito a partir do personagem Busca-Pé, apresenta-se uma gangue de jovens e crianças com armas nas mãos em oposição a um grupo de policiais, imagem semelhante às clássicas cenas de duelo em filmes de faroeste. Nesse momento, há um recuo da trama para anos anteriores, a fim de explicar como surgiu aquele conjunto habitacional da zona oeste carioca (a verdadeira Cidade de Deus) e o desenvolvimento da criminalidade na região enquanto os personagens ainda eram crianças. Para contar a história deste lugar, o filme narra a vida de diversos personagens, todos vistos sob o ponto de vista do narrador.
Começando por um menino pobre, negro, sensível e bastante amedrontado com a idéia de se tornar um bandido. Buscapé, assim como era chamado, cresceu num ambiente bastante violento, apesar de sentir que todas as chances estavam contra ele, descobre que pode ver a vida com outros olhos: os de um artista. Acidentalmente, anos mais tarde, realizara seu sonho tornando-se fotógrafo profissional, o que foi sua libertação.
Buscapé não é o verdadeiro protagonista do filme: não é o único que faz a história acontecer, não é o único que determina os fatos principais. No entanto, não somente sua vida está ligada com os acontecimentos da trama, mas também, é através da sua perspectiva que entendemos a humanidade existente em um mundo aparentemente condenado por uma violência

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