Análise estilística do poema “Neste mundo é mais rico, o que mais rapa” de Gregório de Matos e Guerra

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REFACÇÃO
Análise estilística do poema “Neste mundo é mais rico, o que mais rapa” de Gregório de Matos e Guerra

Neste comentário, analisaremos o poema em forma de soneto cuja autoria pertence ao poeta baiano Gregório de Matos e Guerra, conhecido também como Boca do Inferno em virtude de sua obra criticar violentamente a sociedade baiana de sua época. No poema barroco e satírico que iremos analisar, intitulado “Neste mundo é mais rico, o que mais rapa”, e que foi produzido no século XVII, há uma forte crítica à parte da sociedade baiana que vivia de aparências e que detinha todo o poder da época.
O enunciador nos mostra que por trás da riqueza, beleza e nobreza de muitos, havia, na verdade, muitas atitudes maldosas de seres desprezíveis que se utilizam de meios fraudulentos e imorais para exercer e manter seu poder sobre os mais fracos. Com esta analise, temos o objetivo de investigar, neste poema, o rendimento expressivo no âmbito da organização básica do enunciado e no âmbito das figuras de estilo.
Para a análise do enunciado em questão, iremos considerar a definição de estilo como traço sinalizador de expressividade proposta por Possenti (2008), para quem a língua é um conjunto de regras em número limitado, porém com possibilidades combinatórias infinitas, sendo que é na escolha dessas combinações que o autor gera expressividade no seu texto. Dessa forma, o autor não é necessariamente assujeitado, mas manifesta sua subjetividade por meio das escolhas que faz a fim de atingir o efeito estilístico desejado.
A partir de agora, analisando o soneto em si, podemos perceber que as três primeiras estrofes mantém uma unidade, uma vez que se sustentam na descrição das contraditórias práticas daqueles que detinham o poder na Bahia. Podemos perceber esse relato expresso nos seguintes versos: “Quem mais limpo se faz, tem mais carepa” (verso 2), “Quem menos pode falar mais increpa” (verso 7), “Mais isento se mostra, o que mais chupa” (verso 11) e etc.
A, já citada,

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