Análise Econômica do Terrorismo

Análise Econômica do Terrorismo

A economia é muito utilizada em alguns países para analisar não somente fenômenos tradicionais do mercado, mas também fenômenos que agridem a sociedade como o crime, a guerra etc. Qualquer evento pode ser foco de estudo da economia, desde que haja certa racionalidade no comportamento de seus atores. Assim, como um consumidor racional, o criminoso, uma organização terrorista, uma organização criminosa, um exército, um guerrilheiro podem ter seus atos analisados pela ciência econômica.
Logo, a economia está interessada em comportamentos racionais. Se uma organização terrorista age de forma racional (e agem) ao atacar determinado alvo, este comportamento pode ser estudado pela economia. Ao analisar minuciosamente este comportamento racional, o prof. Jurgen Brauer, no texto On the Economics of Terrorism (2002), destaca que:
- serão alocados recursos de forma a minimizar os gastos e a maximizar os resultados. Sabe-se que atentados com explosivos são mais baratos e atingem mais pessoas e bens, logo são mais eficientes, motivo pelo qual são os mais utilizados;
- o ato de terror decorre de uma escolha entre um comportamento racional legal (negociação, política, mobilização etc.) e um ilegal. A escolha do comportamento ilegal pode ter sido motivada pela falta de espaço para negociação ou utilização de outra forma legal de atingir os objetivos. Por isso, quando governos fecham totalmente os canais de negociação com organizações sociais, sindicais, políticas, aumentam o custo do dissenso legal, logo facilitam a utilização de atos ilegais por essas organizações;
- quando o Estado aumenta o custo de determinado comportamento ilegal, os grupos terroristas irão substituir estes atos por outros menos custosos. Por exemplo, quando o governo instala raio-X em todos os aeroportos, torna mais caro atentados nestes espaços, forçando terroristas a buscarem outros alvos, como prédios públicos etc.;
- a existência de grande contingente de pessoas