Análise do prazer na ética de epicuro

495 palavras 2 páginas
INTRODUÇÃO

Nascido em 341 a.C., em Samos, Epicuro teria acompanhado, dos quatorze aos dezoito anos, os ensinamentos do acadêmico Pânfilo. E, através de Nausífanes de Teo, discípulo de Demócrito (ca. 460 – 370 a.C.), teria conhecido as doutrinas desse grande atomista. Durante algum tempo ganhou a vida como professor de gramática. Em seguida deu cursos de filosofia, primeiro em Lâmpsaco, depois em Mitilene e Colofonte. Finalmente regressa a Atenas, por volta de 306 a.C., onde adquire uma pequena casa e abre uma escola de filosofia, que ficará conhecida como o Jardim de Epicuro. Epicuro morre em 270 a.C. mas até o século III depois de Cristo exerceu grande influência sendo mesmo divinizado entre seus seguidores. Fora do mundo helênico encontramos os que mais contribuíram para a difusão do epicurismo com destaque para o poeta Tito Lucrécio Caro (99–55a.C.) que em sua obra De Rerum Natura influencia definitivamente o pensamento romano. Além de elogiar Epicuro em seu poema, Lucrécio vê no epicurismo uma resposta aos problemas que se assolam a humanidade: a falta de liberdade e serenidade, a superstição e os desafetos.(PHRÓNESIS, 2001, p. 51)

Embora pertença à antiguidade grego-romana, o epicurismo tem retornado às discussões acadêmicas com alguma freqüência. E em particular a sua ética que chama a atenção pela simplicidade e ao mesmo tempo pela profundidade de sua reflexão acerca de temas que envolvem a nossa existência. Neste breve estudo proponho mostrar o verdadeiro significado da ética epicurista e sua relevância para a atualidade. Para isso irei percorrer seus principais aspectos de forma que se possa compreender e reconhecer sua profundidade e atualidade apesar da distância no tempo.
Começarei pelo significado do termo prazer (Hedoné), sua origem e seus respectivos significados: prazer físico; prazer do espírito; prazer cinético e prazer catastemático. Na seqüência a hierarquia dos desejos (desejos naturais e necessários; desejos naturais e não

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