Análise do Mito da caverna nos dias atuais

“Em uma metonímia cultural, trocou-se o fim pelo meio, e cada vez mais o homem emburrece enquanto pensa que aprende. Sentado em frente ao computador, conectado à internet, falando ao celular, o homem caminha com a tecnologia atando sua cabeça e o capitalismo acorrentando suas mãos, descendo cada vez mais fundo em sua caverna digital, enquanto a vida passa, em altíssima definição, em suas costas”.
(Eugênio Mira).

O Mito da caverna de Platão foi escrito no livro “A República”, no século IV a.C e conta um diálogo de Sócrates com Glauco. Nesta alegoria, Sócrates pede para que se imagine uma caverna, no qual alguns homens nasceram e cresceram acorrentados e de costas para entrada e o que eles conseguiam enxergar era a sombra dos objetos (o que para eles era o real naquele momento). Certo dia um dos homens se liberta e sai da caverna e descobre um “outro mundo”, diferente do que ele conhecia, ele percebe que as sombras não eram os objetos em si, mas eram projetadas por outros homens. Ao decidir se deveria voltar ou não para a caverna ele precisaria levar em conta as possíveis consequências, como o tratarem como louco e se ignorado. O mito de Platão representa uma alegoria da realidade, mostrando como as pessoas podem ser manipuladas acreditando que o que é passado em qualquer meio comunicativo é de fato a realidade. Os seres humanos, prisioneiros, têm muitas manias e culturas diferentes e permanecem fechados nesse mundinho. Platão diz que não devemos dar valor apenas para as coisas materiais, e que devíamos nos libertar daquilo que nos foi estabelecido. Essas críticas podem ser facilmente transpostas para os dias atuais, como, por exemplo, a religião, as mídias sociais, a política, enfim, tudo o que existe pode ser passado da maneira que mais for conveniente. Um dos exemplos mais expressivos é o capitalismo, no qual as pessoas pensam em gastar cada vez mais e, dentro dele, tem a mídia, que por meio da publicidade nos induz ao consumo exagerado, muitas