Análise do livro Richard Heinberg
De Richard Heinberg
Introdução à realidade
No decorrer dos últimos dois séculos, o crescimento se tornou virtualmente o único indicador de bem-estar econômico. Para estes, quando uma economia cresce, empregos são criados, os investimentos rendem e o consumo aumenta. Quando a economia para de crescer, como aconteceu durante a Grande Depressão e mais recentemente no ano de 2008 a consequência é o desemprego e a fuga dos recursos financeiros, mas depois há uma retomada natural deste crescimento. Nunca é levada em consideração a dependência de muitos outros fatores externos como, por exemplo, o crescimento exponencial populacional, a limitação meio ambiente, dos combustíveis fósseis, dos recursos naturais. Há sempre uma busca desenfreada pelo crescimento tido como infinito, mas nem todos pensam desta forma.
Muitos analistas econômicos apontam os profundos problemas internos da economia – incluindo os enormes e insolvíveis níveis do débito público e privado e o estouro da bolha do crédito imobiliário - como ameaças imediatas à retomada do crescimento econômico. A ideia geral é a de que, com o tempo, quando esses problemas forem resolvidos, o crescimento poderá e deverá ser retomado. Mas os analistas geralmente não levam em consideração os fatores externos à economia financeira que tornam a retomada do crescimento econômico convencional uma coisa quase impossível. Isso não é uma condição temporária; na realidade, é permanente. Então, seria o final do crescimento? Richard Heinberg afirma que na forma com que a economia é seguida atualmente, sim! Em seu livro “O fim do crescimento: Adaptação para a nossa nova realidade econômica”, defende um novo paradigma econômico e argumenta a necessidade de mudanças apresentando um argumento claro, diferentemente da economia consumista, capitalista e de “crescimento infinito” principalmente dos séculos XX e XXI. Para o autor, a economia já há alguns anos mostra sinais de