Análise do filme a vida dos outros

Psicologia Resenha crítica – A vida dos outros

Belo Horizonte, 05 de junho de 2012.

A VIDA DOS OUTROS O filme narra a história de um agente da Stasi, a polícia política da República Democrática Alemã chamado Gerd Wiesler, que se envolve num serviço de escutas clandestinas do apartamento de um casal da cena cultural de Berlim Oriental, o escritor Georg Dreyman.Mais tarde, ele se vê envolvido na vida do casal e tem um papel decisivo em seus destinos.

Em toda sua extensão, o filme se passa em uma sociedade totalitária já no período dos anos 80 do século 20. Podemos interpretar tal filme do como uma critica ao socialismo real, na qual percebemos uma intensa corrupção burocrática e exagerados sistemas de censura política.

Concomitantemente o Brasil passava por semelhante situação, um estado de exceção, em que se vigorava uma política totalitária, iniciada em 1994 e que só veio a terminar em 1985.

O que podemos perceber é a semelhança no sistema de atuação destes estados de exceção ocorrido na Alemanha oriental e Brasil, os quais, nesta época suprimiram os direitos e garantias individuais, legitimando a instauração da violência e tortura no âmbito interno do Estado.

Embora ambos os sistemas tenham se mostrado como um estado de exceção e legitimadora da violência estatal contra seus cidadãos, a Alemanha se diferencia por instaurar um museu da verdade que proporciona a abertura de arquivos visando o efetivo direito a memória, como se mostra ao final do filme.

No Brasil recentemente tenta-se adotar tal medida para assegurar o direito à memória, sendo instaurada a comissão da verdade, instrumento utilizado para que possam conhecer e investigar o sistema vivido pela sociedade na ditadura, objetivando a produção de um relatório que permite que a sociedade conheça a verdade ocorrida no passado e viabilizando o não esquecimento, a fim de se fortalecer as instituições com valores