Análise do filme "ensaio sobre a cegueira"

O filme "Ensaio sobre a cegueira", baseado na obra homônima do autor português José Saramago, narra o desenrolar de uma epidemia misteriosa de cegueira. Epidemia esta que se inicia com um homem durante sua rotina habitual, parado no trânsito em seu carro, e que de repente, não consegue mais enxergar o que está acontecendo ao seu redor. Tal homem é tomado por uma imensa luz branca, que ele mesmo descreve que é como estar nadando no leite, e o autor caracteriza na obra como “CEGUEIRA BRANCA”. Vale ressaltar, que o natural de uma cegueira é que normalmente ela faz com que os que dela são acometidos, vejam tudo numa imensa escuridão, porém, na obra apresentada, as personagens são tomadas por uma imensa luz branca.
O filme mostra que em pouco tempo, devido a uma rede de contatos com o primeiro caso da cegueira, ocorrem vários outros casos semelhantes, ultrapassando os limites da cidade, e se transformando em uma catástrofe universal.
O governo por sua vez, percebendo a princípio que se tratava de poucas pessoas, transporta os primeiros infectados para um manicômio desativado, que foi denominado no filme como o “reino dos cegos”. Diante de toda esta catástrofe, apenas uma mulher não é acometida pela cegueira, porém ao fingir-se de cega, por não querer se separar do marido, também é levada para a quarentena, e lá passa a cuidar de todos, e se esforça para organizar o ambiente dentro do que era possível.
Diante de todo este caos que foi instaurado, o autor tenta mostrar todas as transformações que as personagens sofrem em consequência da dor, do sofrimento e de toda a dificuldade que vivem dentro daquele manicômio, onde os sentimentos se desenvolvem de múltiplas formas: lutas entre grupos por uma quantidade mínima de comida, zelo pelos acometidos por enfermidades e pelos mais necessitados, e também mudança de comportamento com atitudes vis que nunca cometeriam se estivessem em seu estado normal.
É importante salientar que no meio de toda esta catástrofe apenas a