Análise do filme Encontrando Forrester

“Primeiro se escreve com o coração, depois se reescreve com a cabeça.” Esta é uma citação dita pelo personagem Forrester, interpretado por Sean Connery, num dos encontros com Jamal (Robert Brow). O filme Encontrando Forrester, dirigido por Gus Van Sant (estreado no ano 2000), relata, de forma gloriosa, a amizade entre William Forrester, um escritor recluso de apenas um livro e Jamal Wallace, um jovem de dezesseis anos com talentos literários incríveis e um grande jogador de basquete. Morador do bairro Bronk, o adolescente vive com sua mãe e irmão, e a saudade pelo pai faz com que encontre na escrita um meio de dar vazão aos seus sentimentos.
Cercado de amigos, Jamal foi desafiado a invadir um apartamento, o que propiciou a ele conhecer Forrester, um escritor famoso. Ao esquecer sua mochila com seus cadernos no apartamento, o escritor ler e critica alguns de seus textos. É desta forma que se inicia a amizade entre Forrester e o adolescente que aspira ser um grande escritor.
Por ter feito um trabalho excelente na escola, o melhor colégio da cidade o convida para estudar lá, sendo bolsista. Porém, além de deparar-se com as limitações imposta pela tradição do colégio que priva seu desenvolvimento acadêmico, Jamal sofre também por causa da sua condição social e sua cor negra. Mas, ao final do filme, tudo termina “hollywoodinamente” bem.
É um filme cuja temática aborda a arte de escrever pontuada com alguns conflitos pessoais dos personagens. O perfil peculiar do personagem Jamal - talentoso e perseverante ­-, o ajuda a buscar a realização de seus objetivos ultrapassando os obstáculos dos preconceitos racial e social.
A personalidade de Forrester, a figura mais intrigante do filme, é revelada aos poucos. No início da longa metragem, aparentava ser um velho rabugento e solitário, contudo, à medida que as cenas vão passando, ele se permite com a ajuda de Jamal, a sair de sua vida reclusa e aproveitar os últimos momentos da sua jornada, mostrando ao jovem o tamanho de