Análise de ouriços e impacto ambiental

Após coleta de ouriços-do mar para análise laboratorial, começa-se distinguindo macho de fêmea, já que esses animais não apresentam dimorfismo sexual como ocorre nos seres humanos e outros animais. Portanto, externamente não há como verificar o sexo deles. Para sabermos se o animal em questão é macho ou fêmea, com a seringa foi injetado 0,5 ml de uma solução de KCl ( cloreto de potássio ) na cavidade celomática de cada um dos ouriços, tendo como total 4 grupos que foram coletados em quadrantes diferentes. Com o passar de alguns minutos, os gametas são expulsos através de cinco orifícios que são ligados às gônadas, tanto masculina quanto feminina, liberando uma secreção avermelhada ( coloração próxima do laranja ) quando o sexo foi feminino e secreção esbranquiçada ( quase incolor ) quando o sexo do animal foi masculino.

No ambiente marinho, exclusivamente, os ouriços se reproduzem de forma externa, ou seja, as fêmeas libertam seus óvulos para a água do mar e os machos liberam seus espermatozóides. Os espermatozóides dos ouriços-do-mar são parecidos com dos humanos, possuindo cabeça e cauda, com movimento muito rápido, enquanto que os óvulos são arredondados e imóveis, se deixando levar pela água. O motivo pelo qual os espermatozóides, no meio de tanta água, encontram os óvulos certos a tempo é que estes produzem uma substância química, que atrai os espermatozóides para a fertilização.

A análise de ouriços-do-mar, em embriologia, permite o aprendizado sobre fertilização e desenvolvimento embrionário. O desenvolvimento é indireto, pois, após a fertilização forma-se um zigoto, sofrendo mitoses sucessivas para originar uma larva que, mais tarde, após modificações morfológicas e anatômicas, se tornará um ouriço já desenvolvido. Seu sistema digestivo é completo, possuindo boca e ânus. Alimentam-se de algas, plantas marinhas, matéria orgânica e pequenos organismos. Esses animais podem ser encontrados em habitats rochosos entre cavidades ou exposto ao ambiente.