Análise da obra: A sociedade excludente: exclusão social, criminalidade e diferença na modernidade recente, de Joch Young

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Análise da obra: YOUNG, Joch. A sociedade excludente: exclusão social, criminalidade e diferença na modernidade recente. Rio de Janeiro: Instituto Carioca de Criminologia: Revan, 2002.

Em seu livro A sociedade excludente: exclusão social, criminalidade e diferença na modernidade recente, Joch Young dá seu parecer sobre a criminalidade e sua relação com a exclusão social. Acontece que o autor possui uma visão crítica bastante diferenciada à medida que não imputa à exclusão social toda a responsabilidade pelo acontecimento de crimes. Para tanto, ele observa diversos exemplos de crimes cometidos pela classe mais abastada da sociedade. É fundamental destacar, ainda, que sua análise considera apenas os Estados Unidos e a Europa Ocidental, entretanto, não deixa de ser válida a comparação com a realidade brasileira.
Assim, Joch Young inicia uma observação da segunda metade do século XX, mais especificamente os “anos dourados”, nos quais havia uma grande efervescência econômica na tentativa de recuperação da Crise de 1929 e das duas guerras mundiais; no Brasil o desenvolvimento e a estabilidade da economia vinculados às instalações de indústrias proporcionavam extrema segurança aos brasileiros.
Segundo Young, essa foi uma era marcada por uma forte satisfação e inclusão social, uma era na qual a sociedade estava perfeitamente ajustada, sendo toda anomalia fruto de qualquer aspecto que não fosse a sociedade. Dessa maneira, os crimes de todas as espécies eram justificados pela ausência de uma estrutura familiar bem organizada na vida do criminoso, isso é, a justificação era feita de modo que o copo social se eximisse da culpa.
Ainda que a responsabilidade não caísse sobre a sociedade, a mesma se via com direito de reabilitar o delinquente para a convivência em grupo, já que suas instituições funcionavam cabalmente bem e isso colaboraria, ainda mais, com o bem estar de todos. Assim, não importava se o individuo se tornou infrator por falta de uma família ou por

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