Análise da evolução paisagística da lagoa grande e sua influência no contexto cultural de patos de minas – mg

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO PAISAGÍSTICA DA LAGOA GRANDE E SUA
INFLUÊNCIA NO CONTEXTO CULTURAL DE PATOS DE MINAS – MG

Camilla Silva Magalhães
Instituto de Geografia / UFU [e-mail] Laura Zabisky Floresta
Instituto de Geografia / UFU [e-mail] INTRODUÇÃO

De acordo com Claval (1997), a geografia cultural pode ser definida como sendo a associação das experiências que os homens adquirem em relação à Terra, à naturez a e ao ambiente, possibilitando assim, o estudo da maneira pela qual eles modelam estes elementos em prol das suas necessidades, gostos e aspirações; e, procurando compreender a forma como eles aprendem a se definir, a construir sua identidade e a se realizar. Assim, ao se interessar pelas experiências que os homens possuem do mundo, a geografia cultural passa a considerá-los como centro de sua análise, se desenvolvendo baseada em três eixos complementares e necessários: o primeiro se refere às sensações e percepções do homem ao apreender o mundo através de seus sentidos; o segundo, ao estudo da cultura, por ser compreendida como uma criação coletiva através da ótica da comunicação; por fim, o terceiro, à associação da cultura à construção de identidades, influenciada pelo papel do indivíduo e das dimensões simbólicas da vida coletiva
(CLAVAL, 1997).
Neste contexto, a análise da paisagem, surge renovada para esta ciência. Sendo, assim, considerada uma das matrizes da cultura e, ao mesmo tempo, marca:

A paisagem é uma marca, pois expressa uma civilização, mas é também uma matriz porque participa dos esquemas de percepção, de concepção e de ação – ou seja, da cultura – que canalizam, em um certo sentido, a relação de uma sociedade com o espaço e com a natureza e, portanto, a paisagem do seu ecúmeno (BERQUE, 1998, p.
84-85, destaque do autor).

No caso da geografia, não se deve pensar a paisagem como uma forma do planeta originada simplesmente por processos físicos, uma vez que, ela se define