análise crítica

Universidade Estadual de Feira de Santana
Disciplina: Introdução à Filosofia
Professor: Eduardo Chagas
Direito 2013.2

Fabiana Bezerra de Almeida

Análise Crítica

Feira de Santana
2013
Dúvidas, Certezas e Linguagem: o argumento do sonho

O filósofo francês René Descartes propôs um pensamento sobre a subjetividade da vida e a existência de Deus. Para ele, devemos confiar apenas no conhecimento baseado nos sentidos, e o Cogito servirá de base para que ele prove a existência de Deus, a existência das coisas materiais e a distinção entre alma e corpo. O Cogito cartesiano, embora seja uma figura da subjetividade não empírica, perde-se em suas próprias fantasias, pois a realidade formal de suas representações vai depender diretamente da função constitutiva de um Deus, princípio de realidade. O Cogito é meramente o conjunto de processos naturais, matéria para uma psicologia, retornando, assim, sobre seus próprios passos. Uma crítica revela o Cogito cartesiano e seu processo de construção por meio do princípio da razão aplicado sob a forma da dúvida hiperbólica, que foi o método utilizado, dentro da dúvida metódica, para de uma só vez rejeitar todas as antigas opiniões, sem ter de analisá-las uma a uma. A dúvida só poderá ser superada pela indicação de algum critério de outra natureza, que permita instaurar a certeza, ou, pelo menos, a possibilidade do pensamento verdadeiro. Para Descartes, sonhamos com as mesmas referências que atribuímos às palavras quando despertos, assim como, acordados, pensamos e percebemos as mesmas referências que atribuímos em um sonho às imagens imaginadas. Um exemplo disso, o autor cita que: “ao sonhar que chove, sonha-se com a referência da palavra ‘chuva’, assim como ao ver a chuva, acordado, percebe-se a referência dessa palavra”. O que o autor quer dizer é que dentro de um sonho não há como saber se essa experiência é realmente um sonho. De fato,