Análise Crítica do livro Vigiar e Punir - Michel Foucault

440 palavras 2 páginas
O livro Vigiar e Punir de Michel Foucault começa com uma narrativa capaz de revirar o estômago de pessoas mais sensíveis. Narrado no centro de Paris no ano de 1757, Michel conta sobre a tenebrosa punição de “Robert-François Damiens”, condenado por parricídio. Nessa primeira parte do livro, ele fala do suplício, método utilizado até final do século XVIII, para levar as condenações à morte, com diferentes procedimentos.

Após a época do suplício, Foucault pergunta no livro, publicado em 1975, por que deixaram de lado a tortura e execução pública no Ocidente para punir os condenados com prisões, visando corrigi-los? Questão levantada na segunda parte do livro, onde fala sobre a punição. Pode-se concluir que o motivo disso são as transformações da sociedade, como por exemplo, o poder absoluto dos reis acabou dando lugar a uma república moderna controlando a vida dos cidadãos, no caso, os presos, que tinham horários para fazer exatamente tudo. O jeito de exercer o poder mudou, portanto o sistema jurídico também.

Os castigos muito cruéis tornavam o sistema penal instável, imprevisível e pouco eficiente. Conclusão que hoje é aceita e adotada no sistema penal brasileiro, com o princípio da humanidade das penas, protegendo o valor da dignidade humana.
Além disso, punindo sem recorrer à dor física é uma forma de não ser violento como o condenado. Os presídios cujas celas e centro de vigilância estavam dispostos de tal maneira que um único guarda poderia observar todos os prisioneiros sem que eles soubessem, e também existindo essas câmeras em locais públicos, é uma espécie atual de “reality show”, ou até mesmo a vigilância que todos os cidadãos sofrem em shoppings, etc, na sociedade moderna.

No século XIX vem a terceira parte do livro, chamada disciplina. Mecanismos que visam avaliar se o cidadão é uma pessoa normal ou delinquente, com o intuito de produzir sujeitos para a sociedade pós-absolutismo.

Por fim, a prisão, fazendo uso do cárcere, em que o homem

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