Antropologia

Universidade São Tomás De Moçambique
Faculdade De Direito
Antropologia Cultural
Docente: drª. Dilária Marenjo

A Pré-História da Antropologia

Maputo
Agosto de 2014

ÍNDICE

Introdução
Neste presente trabalho abordaremos a pre-história da antropologia; a invenção do conceito do homem; e os tempos dos pioneiros.
O renascimento surgido na Itália no seculo XIV e que se alastrou pela europa nos seculos XV e XVI defendia os ideais ou valores do Antropocentrismo, hedonismo, racionalismo, optimismo e o individualismo.
No seculo XV começa expansão europeia ou marítima cujo fim era o comércio. No decurso destas viagens marítimas europeias há um encontro do homem europeu viajante com outros povos. O encontro com o outro desconhecido cria dúvidas, perguntas, discursos e descrição do outro desconhecido ate então.
O ponto de partida de uma reflexão antropológica assenta-se no encontro dos europeus com outros povos e seus territórios, o chamado mundo novo.

1. A Pré-História da Antropologia
A descoberta de novas terras e seus habitantes, no âmbito das grandes navegações dos europeus, em finais do século XIV, fez com que os homens começassem a observar outros homens, interrogando-se e questionando-se acerca do outro homem, ora descoberto. Seriam esses recém descobertos humanos? Teriam eles alma? E daí decorrem duas ideologias conflituantes: a recusa do apreendido (o selvagem) e a fascinação pelo mesmo.
i. A figura do mau selvagem e do bom civilizado
Inicialmente defendida por Sepulvera, esta ideologia afirma a superioridade do Homem europeu (que tem humanidade e cultura superior ou evoluída) sobre o outro (recém descoberto) e nega a este (natural, animal, sem alma, sem linguagem, feio…) o estatuto de ser humano; portanto, o outro é depreciado ao grau mais baixo e tido como objecto. Este tem de se submeter ao europeu.
Além de Sepulvera, outros defensores desta ideologia