Antropologia

Raça e História – Claude Lévi-Strauss

1- Para os defensores da pureza das raças, cada raça tinha a sua particularidade não podendo assim se misturar. Para Gobineau, por exemplo, as raças não eram desiguais apenas em valor absoluto, mas também eram desiguais nas suas aptidões particulares. Há uma diversidade tanto nas relações entre as sociedades quanto uma diversidade interna nas mesmas. Para o autor, as sociedades humanas nunca se encontraram de fato isoladas, e que a diversidade da cultura das sociedades é proveniente de afastamento geográfico, propriedades particulares e do fato de estarem isoladas do resto da humanidade. Ou seja, a diversidade das culturas humanas não deve ser atribuída ao fato de algumas sociedades serem ‘isoladas’, pois assim como existem diferenças devido ao isolamento, também existem as diferenças devido à proximidade entre as mesmas.

2- A ideia denominada é o Etnocentrismo. Para o autor a diversidade cultural nunca foi algo natural e sim um fenômeno ‘monstruoso’. Ele diz que em nossa sociedade sempre há um sentimento de repulsa quando nos deparamos com maneiras de viver, de crer e de pensar que nos são estranhas. Há uma recusa em se admitir a diversidade cultural como ele mesmo diz, “preferindo repetir da cultura tudo o que esteja conforme a norma sob a qual se vive”. Ele chega a citar um paradoxo do relativismo cultural que diz que “é na própria medida em que pretendemos estabelecer uma discriminação entre as culturas e os costumes, que nos identificamos mais completamente com aqueles que tentamos negar.”.

3- Para o autor a ideia de evolução é complicada, pois é difícil hierarquizar as civilizações passadas se baseando nos fatos que temos. Ele indaga que, se realmente há um progresso e uma evolução desde as sociedades passadas até as atuais, sendo umas superiores e outras inferiores, como isso não influenciaria a forma como tratamos as sociedades contemporâneas? Ele enfatiza que não é tão fácil como se pensa ordenar as