Antropologia

O autor inicia criando um cenário com florestas e clareiras, mais precisamente uma festa em uma aldeia. O motivo da festa é uma data nacional, mas o termo é contrariado pelo autor, trata-se realmente de ligações entre os indivíduos, uma mistura de sentimentos, que através da dança e do barulho irrompem o caos, o que está interligado com a "sociologia da orgia", na qual as paixões coletivas dão visibilidade para os laços invisíveis de um grupo, dando-os força. Fazendo com que as pessoas percebam que o que estão vivendo ali tem valor e por não saberem se existe uma vida no além, devem aproveitar tais momentos, porém, essas dúvidas sobre a vida abrem caminho para a degeneração de políticos, acadêmicos e jornalistas, que ao invés de cumprir com o que deveriam fazer, que é aplicar a vida social, ficam apenas arrumando explicações para defender-se de uma vida aparentemente repleta de males e incertezas, desprezando-a.
Esses que fazem parte da intellligentsia (acadêmicos, políticos e jornalistas) estão envolvidos numa bolha, na qual apenas o próprio umbigo consegue ser analisado, já que estão dentro de uma ilusão que só comporta aquilo que "deve ser" e não aquilo que "é".
Devido essa tentativa de padronização, a análise da sociedade é simplificada, ou seja, toda complexidade é deixada de lado, por exemplo, moralmente, naquilo que se entende por conspiração, que pela elite (intelligentsia) é vista apenas como vitalidade de jovens por serem jovens e não como agrupamento que deve ser compreendido. Esse moralismo estabelecido, nesse caso, é usado para simplificar a complexidade que a constante luta da antiga sociedade com a nova possuem.
A relação do saber-poder apontada pelo autor, é a relação de controle dos "membros" da intelligentsia, que pela simplória quantidade de saber, impõe respostas onde o questionamento não é